Este ano o último show da Daniela em Portugal teve lugar no Festival de Marisco, bem a sul, em Olhão. Sem possibilidades de ficar no mesmo hotel, apanhei o autocarro bem cedinho, com a minha mãe e avó, carregada de ansiedade e nervosismo. São sintomas comuns mas aos quais nunca me consigo habituar.
Em Olhão só podia comprar o ingresso do show em cima da hora da abertura do recinto por isso, tomei uma decisão – apanhar um táxi até ao Forum Algarve para adquirir o bilhete com a devida antecedência e assim, tentar atenuar um pouco os nervos.
À hora de almoço cruzei-me com um dos elementos do staff que me deu a certeza do hotel em que todos iam ficar e acrescentou que a Daniela chegaria bem tarde. Pelo sim, pelo não, a minha mãe falou com o Gil ao telefone e confirma-se...ainda estavam bem longe do Algarve.
Após ter os ingressos na mão, saber que o show só começaria às 24h e tendo a certeza do hotel da Daniela, decidimos ligar para lá. Com um discurso cuidado acábamos por saber que a Daniela chegaria às 19h. Na altura fiquei na dúvida – haveria ou não arriscar ir ao hotel?! Se fosse poderia estar a arriscar perder o lugar na primeira fila mas, teria a certeza que estava com a Daniela. Mais uma vez, apanhámos outro táxi (aiii só €€€ loool) e descobrimos um paraíso perdido no meio do nada – talvez a melhor forma de descrever aquele hotel!
Uma vez no hotel, cabia-nos esperar pela chegada da banda e da Daniela. Cada vez mais indecisão, cada vez mais nervosismo porque as 19h já tinham passado e nada de autocarro e carro. Ok...ligamos novamente ao Gil que nos diz que ainda estavam na estrada. Mais uns minutos e surge ao longe um autocarro – era a banda!
Fomos ter com eles...ou eles connosco e ficámos um pouco na conversa. Aproveita e tirei uma foto com o Emerson Taquari (“Vagabundo, Vagabundo, Vagabundo, Vagabundo...”), pedi ao Gil e ao Ramon para autografarem umas fotos. Adorei o pormenor do Gil nem ter perguntado o meu nome! Uns subiram, outros voltaram a descer...e a Daniela ainda não estava por ali. Uma das assistentes elogiou a minha t-shirt e disse-me que faltava 15/ 20 minutos.

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Vagabundo, vagabundo, vagabundo, vagabundo..."
Não foram 20 minutos que passaram mas sim, o dobro do tempo até um Mercedes bem chique entrar pelo portão do hotel. A minha mãe abriu a porta à Daniela para ser a primeira a recebê-la. Após o “boa tarde” à senhora da recepção, a Cantora ficou à conversa connosco e recebeu com todo o agrado as pequenas lembranças que eu tinha trazido.
Mostrando sempre todo o interesse, foi comentando a notícia do Jornal de Ovar, que eu lhe tinha entregue e aproveitou para falar do site oficial que está sendo reformulado há já muito tempo devido a um problema alheio a ela. Mal a página esteja online, parece que irá existir um espaço reservado para os fãs...óptimoooo! A meio da conversa a minha mãe fez uma pergunta sobre a música “Maimbê Dandá” e, para além da resposta, tivemos direito a ouvir a Daniela cantar um pouquinho da letra para nós. Como não podia deixar de ser, levei a foto que tirei em Ovar e a Daniela autografou –
“Cátia uma lembrança do meu aniversário. Obrigado pelos presentes e pela presença, Daniela Mercury”.
Para terminar, tirei uma foto com a Daniela e recebi um abraço que continha um misto de “até já”, pois a veria no show, com uma forte dose de “até ao próximo ano”, porque aquele era mesmo o último show em Portugal este ano.
Os autógrafos...


Tinha chegado a hora de seguir para o recinto...novo táxi! Uns amigos guardaram-nos o lugar e conseguimos ficar na frente – missão cumprida! O público só começou a aproximar-se do palco por volta das 22h.
Provavelmente estavam todos a deliciar-se com o marisco e a cerveja, pois não havia uma única mesa vaga naquele espaço. Junto ao palco eramos ainda poucos mas, quando o grupo que fez a primeira parte do show começou a correr pelo recinto, as pessoas aproximaram-se do palco e, de repente, eram já milhares aqueles que estavam atrás de nós.
Às 24h anunciaram que o show ia começar, as luzes apagaram-se, os músicos tocaram os primeiros acordes e o Gil e a Joelma brindaram o Festival do Marisco de Olhão com “Aquarela do Brasil”. Desta vez, após “Nobre Vagabundo”, muitíssimo bem cantado em coro pelo público (que cantava muito mas dançava pouco), não se ouviu “Baianidade Nagô/ Prefixo de Verão”. Novamente, o alinhamento do show era mesmo diferente, ou seja, ficava sempre na expectativa de qual seria a próxima música. Ao cantar “Minas com Bahia” a Daniela dançou com o Gil...foi lindo demais ver os dois deslizando pelo palco...foi memorável sentir o público acompanhar a letra da canção. O mesmo, já tinha acontecido anteriormente com “À primeira vista” – confesso que arrepiou!!! (Podem ver o video que fiz desse momento).
Após a troca de roupa, a Daniela apresentou a Banda e, na música seguinte, fingimos ser a “banda de percussão”, ao mesmo tempo que chamámos “Dona Canô”. Recordámos “Pérola Negra”, “Rapunzel” e pulámos ainda mais com “Maimbê”. Muitos meninos e meninas subiram ao palco e o público imitou a coreografia que eles inventavam. O mais complicado foi conseguir correr para a direita e esquerda porque estava complicado Olhão querer acabar-se com “Maimbê Dandá”. De volta ao palco, para a despedida, recordámos sucessos antigos e terminamos o show com “Levada Brasileira”.
Após o show terminar não voltámos a estar com a Daniela mas ficámos ainda no recinto à conversa com banda. Mais uma foto com a Joelma, mais um agradecimento a todos, mais uns elogios do Ramon à minha mãe (“Você estava dançando muito. Eu vi você...”!)

Enquanto isso os meus amigos – João, André e Teresa – estavam já com a Daniela no hotel porque sairam antes do show terminar! Fiquei feliz por eles terem conseguido o mesmo que eu tinha alcançado antes do show!
Olhão foi, tal como todos os outros, diferente e único! Foi emocionante...deixará saudades...mais uma vez regressei a Lisboa com uma sensação de paz interior e harmonia!
OBRIGADO DANIELA E COMPANHIA!Actualizarei o Sacudir Estrelas sempre que for a shows da Daniela. Quanto a 2006 em Portugal parece ser tudo...!